quinta-feira, 26 de julho de 2012

TURISMO: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E CAPACIDADE DE GESTÃO


Está nas livrarias o livro Turismo: Planejamento estratégico e capacidade de gestão (Editora Manole), organizado pelo Prof. Mário Beni. São quarenta autores, com diferentes enfoques no que se refere à gestão, passando por planejamento, sustentabilidade e políticas públicas. Tenho a honra de participar desse seleto grupo, assinando capítulo intitulado “Turismo e Cultura: aproximações e conflitos” (p. 235-255).

Nas palavras iniciais do artigo, coloco: “Aproximar o Turismo e a Cultura significa colocar em diálogo dois termos complexos. Por Turismo se pode entender desde as definições clássicas, exigindo a presença do deslocamento e do pernoite em locais diferentes daquele de moradia, até o estranhamento atual do morador de grandes centros urbanos, que desconhece sua própria cidade e, quando a percorre, acaba por se submeter às mesmas sensações por que passa o estrangeiro, quando fora de seu domicílio. A Cultura também apresenta complexidades, não só nos estudos e teorizações acadêmicos, mas também nas suas práticas, ambos impregnados por uma herança colonial muitas vezes ainda presente, levando ao consumo e valorização de bens simbólicos do dominador, em detrimento daqueles produzidos na própria comunidade. (...)."

quarta-feira, 25 de julho de 2012

TCC DE ROBERTA MACHADO GOMES EDITADO EM LIVRO




PERCURSOS DE ROBERTA
Por Susana Gastal

A sala de aula é, com certeza, um espaço privilegiados de criatividade e de produção, em especial no terceiro grau, por ainda desvinculado das pressões mais sérias do mercado. Ali está, em ato, o que a vida adulta e profissional nem sempre irá permitir no futuro dos, agora, alunos: liberdade para o livre pensar e para o livre fazer.
Há alunos que veem essa oportunidade ímpar e se entregam a ela com todo prazer. E há aqueles que veem tal espaço como de precariedades e até mesmo como de não vida, no sentido de que a vida seria aquilo que aconteceria lá fora, quando e onde não houver tarefas acadêmicas a cumprir. Que ledo engano...
Roberta, com certeza, se enquadra no primeiro grupo. Desde as primeiras aulas, ainda no início do curso de Turismo, ela se destacava pela seriedade e meticulosidade com que se dedicava a todas as tarefas da rotina acadêmica, nos seus pequenos ou grandes desafios. Mais do que isso, ela sempre surpreendia.
Lembro especialmente de um trabalho sobre os lugares de memória em Porto Alegre e sua interpretação patrimonial, na disciplina de Turismo e Cultura, em que a proposta era a de olhar a cidade e suas memórias sobre novas perspectivas. Roberta e seu grupo fizeram uma bela proposta para ressaltar o Mercado Público Central do início do século XX. O trabalho, além de criativo na sua concepção, vinha acompanhado de soluções visuais para ilustrar o projeto, no mínimo inusitada na sua qualidade.
Não foi de outra maneira no seu trabalho de conclusão de curso, que tive o privilégio de orientar.  A proposta de Roberta era a de estudar a presença-ausência dos negros e de suas expressões culturais em Porto Alegre. O tema já seria, em si, um grande desafio, visto que os apagamentos da presença física e cultural da etnia são muito maiores do que as suas marcas memorialísticas no território.
Vencido o primeiro obstáculo e resolvido que ela iria, sim, empenhar-se em um trabalho quase arqueológico de recuperação de fragmentos, defrontávamo-nos com o segundo desafio, envolvendo as possibilidades de roteirizar turisticamente marcas tão débeis.  Seria necessário reunir pequenos sinais, indícios delicados aqui e ali, escondidos nas reentrâncias da cidade, que dessem organicidade não só a uma proposta de Turismo, mas também, que encaminhassem para a visibilidade cultural pretendida.
Roberta saiu-se bem nos dois momentos, que agora poderão ser acompanhados nas páginas do livro que está em suas mãos.
O sucesso do percurso acadêmico da pesquisa por ela efetuada trouxe, ainda,  outros dividendos importantes, como mostrar que a sala de aula é esse espaço privilegiado. Um laboratório para experiências inusitadas e inovadoras. Outro dividendo foi o de atestar que o Turismo e os profissionais que a ele se dedicam, é muito mais do que apenas gestão ou cifras econômicas, nos seus aportes sociais e culturais. Claro, desde que a pessoa por trás da figura do aluno, agora profissional, seja ela mesma inusitada e inovadora. Como o é a Roberta.

terça-feira, 24 de julho de 2012

PALESTRA NO INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA




No início desse més de julho, realizei uma fala para os alunos do Instituto Universitário de Lisboa – ISCTE-IUL, onde fui recepcionada pela Prof Dra.Beatriz Padilla. Conversamos sobre Cidades e seus Imaginários, numa manhã academicamente muito rica







segunda-feira, 9 de julho de 2012

BANCA DE DEFESA DE Mariana Schwaab Machiavelli


Minha orientanda no PPGTur/UCS, a mestranda Mariana Schwaab Machiavelli, terá sua Banca de Defesa de Dissertação nessa quinta-feira, dia 12, às 14h, na sala 409, do Bloco 46 - Cidade Universitária. Participam da cerimônia acadêmica os professores Dr. Euler David de Siqueira (UFJF), Dra. Marcia Maria Cappellano dos Santos (UCS) e Dr. Rafael José dos Santos (UCS). 
Sob o título “Festa Temática: Um estudo com as representações sociais da Festa Nacional do Champanha”, conforme seu resumo, a proposta da pesquisa foi a de apresentar a Festa Nacional do Champanha – Fenachamp, realizada em Garibaldi/RS, desde 1981, para celebrar o pioneirismo do município na produção de espumante, no Brasil. A metodologia organizou-se considerando as técnicas da história oral, em especial a entrevista e a pesquisa documental; e a teoria das representações sociais, para organização e análise dos resultados. A partir do estudo, o trabalho propõe a aplicação da expressão festa temática para designar as festas que se buscam como entretenimento e se colocam como um acontecimento para a comunidade, tendo o seu imaginário organizado a partir de produto ou expressão cultural tradicional do local que as realiza.